Não temos motivos para acreditar no Tarô. O Tarô não é uma
crença. Não existe, na prática do Tarô, a condição de se ter fé nas cartas que
se revelam. Muito menos não se exige durante as leituras a fé no Tarólogo.
Não temos motivo de ter medo do Tarô, uma vez que as boas práticas
do Tarô nada têm a ver com rituais religiosos impregnados de magia e de feitiçaria.
Não faltam, no entanto, críticos a essa prática secular os quais criam situações no sentido de levar as pessoas a “não acreditar” e “temer” um
baralho de cartas cujos significados profundos podem, mesmo, surpreender as
pessoas com muitas revelações.
Diante do “não acreditar” e do “ter medo” existem duas ações
diferentes e contrárias, as quais reputo como naturais.
A primeira é seguir
fiel e cegamente a corrente que condena o Tarô, sem procurar se aprofundar em
quaisquer tipos de estudo a respeito. É assim: seguir condenando o Tarô porque seu grupo dessa
maneira o faz; é seguir condenando o Tarô porque está escrito há séculos em códigos de conduta do seu grupo, da sua comunidade.
Seguir condenando, sem questionar. Temer e não acreditar.
A segunda é questionar, antes da negação ou da aceitação,
valendo-se do direito da dúvida que nos leva não a simplesmente acreditar, mas
entender.
Quem bem escreveu sobre esta questão foi Buda. Assim está escrito: “Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas, depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o”.
Quem bem escreveu sobre esta questão foi Buda. Assim está escrito: “Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas, depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o”.
O Tarô é simplesmente uma ferramenta. Trabalhada por um
Mestre, pode provocar maravilhas. Assim é
com um bisturi ou com um martelo; trabalhado por um aprendiz de má conduta, pode
machucar. Então, não tema o bisturi, não
tema o martelo, nem o Tarô. Tema aqueles que manuseiam as ferramentas de
maneira errada. Tema também aqueles que querem tirar as ferramentas da sua vida,
sem que antes você tenha o direito de estudar seus reais benefícios.

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