O Tarô não amarra ninguém

O Tarô e, muitos menos os Tarólogos, não expulsam as pessoas de nossos caminhos, nem amarram os inimigos.

O Tarô trabalha com uma energia vibracional que atua com a dualidade do consciente e do inconsciente, permitindo que as lâminas (as cartas) ofereçam gatilhos para aberturas de cenários nos quais muitas respostas aparecem aos borbotões. É nesse ambiente que operam o Tarólogo e o consulente.

Assim, mais do que expulsar as pessoas danosas e os inimigos de nossas vidas, as cartas oferecem maneiras de planejar reações adequadas e medidas preventivas certeiras para continuarmos o nosso caminho eliminando ou mitigando as intempéries, permitindo-nos buscar o nosso equilíbrio.

O Tarô, inclusive, mostra que os inimigos externos visíveis e invisíveis só têm força quando em parceria com “aqueles” nossos inimigos internos. Identificar o “inimigo interno” que está mais vulnerável e propenso para sucumbir a um ataque externo é uma ação sempre necessária. Cuidar e ter domínio sobre “nossos inimigos internos” é uma prática poderosa contra as agressões de fora. Será sempre um remédio eficaz. É aí que o Tarô também pode ajudar.

O Tarólogo identifica as barreiras e contribui para que o cliente encontre soluções; ele trabalha no sentido de ajudar o cliente a identificar e empregar seus potenciais na resolução das questões. É aí que o tarô é poderoso!

É evidente que, entre as respostas que as cartas indicam, pode haver a indicação de uma intervenção no nível espiritual, quando se vislumbra um ataque ao consulente por meio de pensamentos ruins, por meio de ações de magia, bruxaria e de outras ordens; mas só até aí vai o Tarô, mais nada além. Para reagir a tais ataques, caberá ao consulente escolher os caminhos de acordo com as suas crenças. Pode ser acessa uma vela com um intuito específico, pode ser feita uma reza apropriada ou pode ser feito um trabalho espiritual dedicado a tentar erradicar o mal. No entanto, aquela pessoa na condição de Tarólogo, não se envolve diretamente com a reação. Em outras palavras, isso não faz o Tarô.

É também certo que as lâminas podem mostrar um momento de fragilidades emocionais do consulente a quais podem somatizar causando doenças provocadas pelo estado no qual ele se encontra. Da mesma maneira, o Tarólogo apenas vislumbra o cenário, mas não prescreve. Com o cenário descoberto, o consulente poderá criar defesas próprias nas quais ele acredita como a meditação e o uso de medicamentos alopáticos, homeopáticos, florais, aromas entre outras.

É verdade que alguns Tarólogos têm o conhecimento para continuar tratando seus clientes, de maneira integrada, em outros campos, mas seus clientes devem entender que isso é uma característica da pessoa e não uma característica do Tarô.

"O Tarô não amarra ninguém" de Carlos Santarem - 234.434 está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 

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