*A Maçonaria e o Tarot: Uma Tradição Esotérica Compartilhada – Parte final*
*A Influência Maçônica no Tarot*
A Maçonaria, com sua tradição de estudo simbólico e esotérico, teve um papel essencial na preservação e disseminação do Tarot como ferramenta de conhecimento. Os maçons mencionados acima não apenas estudaram o Tarot, mas também o transformaram em um sistema acessível e estruturado, permitindo que suas interpretações fossem transmitidas às gerações futuras.
Hoje, qualquer tarólogo com um mínimo de estudo conhece a biografia de Papus, Gébelin e Etteilla, pois suas contribuições foram fundamentais para o desenvolvimento do Tarot como prática esotérica. A ligação entre a Maçonaria e o Tarot permanece viva, refletindo a busca contínua pelo conhecimento oculto e pela compreensão dos mistérios do universo.
(Final)
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Carlos Santarem
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*A Maçonaria e o Tarot: Uma Tradição Esotérica Compartilhada – Parte 4*
*Papus: O Médico Ocultista e Defensor do Tarot*
Gérard Anaclet Vincent Encausse (1865-1916), conhecido como Papus, foi um dos mais influentes ocultistas do século XIX. Médico de formação, dedicou sua vida ao estudo das ciências ocultas, sendo um dos principais expoentes do Martinismo e da Cabala. Em 1909, publicou Le Tarot Divinataire, onde aprofundou a relação entre o Tarot e os ensinamentos esotéricos.
Papus foi iniciado na Maçonaria e também participou de diversas ordens esotéricas, incluindo a Ordem Cabalística da Rosa-Cruz e a Ordem Martinista. Além disso, atuou como conselheiro espiritual do czar Nicolau II da Rússia, utilizando seus conhecimentos ocultistas para orientar decisões políticas. Sua visão sobre o Tarot era profundamente influenciada pela Cabala e pelo Hermetismo, tornando-se uma referência para estudiosos do ocultismo.
(continua)
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*A Maçonaria e o Tarot: Uma Tradição Esotérica Compartilhada – Parte 3*
*Jean-Baptiste Alliette (Etteilla): O Primeiro Tarólogo Profissional*
Jean-Baptiste Alliette (1738-1791), mais conhecido pelo pseudônimo Etteilla, foi um dos primeiros a transformar o Tarot em um sistema de adivinhação acessível ao público. Em 1785, publicou Manière de se récréer avec le jeu de cartes nommées Tarots, um dos primeiros livros dedicados à leitura do Tarot como instrumento de previsão. Diferente de Gébelin, que via o Tarot como um legado egípcio, Etteilla desenvolveu um sistema próprio de interpretação das cartas, associando-as à astrologia e aos quatro elementos.
Etteilla também foi responsável por criar um baralho específico para fins esotéricos, o Grand Etteilla, que se diferenciava dos Tarots tradicionais por suas ilustrações e legendas explicativas. Sua influência foi tão grande que, até hoje, muitos tarólogos utilizam conceitos derivados de suas interpretações.
(continua)
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A Maçonaria e o Tarot: Uma Tradição Esotérica Compartilhada – Parte 2
Antoine Court de Gébelin: O Primeiro a Relacionar o Tarot à Tradição Egípcia
Antoine Court de Gébelin (1719-1784) foi um pastor protestante suíço e ocultista que desempenhou um papel fundamental na interpretação esotérica do Tarot. Em 1781, publicou o oitavo volume de sua obra Le Monde Primitif: Analyse et comparé avec le monde moderne, onde apresentou sua teoria de que o Tarot era um livro sagrado dos sacerdotes egípcios. Para Gébelin, as cartas continham ensinamentos ancestrais que haviam sobrevivido ao tempo e às destruições das bibliotecas do Egito.
Além de seu trabalho como estudioso do esoterismo, Gébelin foi iniciado na Maçonaria em 1771, na loja Les Amis Réunis, em Paris. Posteriormente, tornou-se membro da loja Les Neuf Sœurs, onde presenciou a iniciação de Voltaire. Sua ligação com a Maçonaria reforçou sua busca por conhecimento oculto e sua crença na importância do Tarot como ferramenta de sabedoria.
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A Maçonaria e o Tarot: Uma Tradição Esotérica Compartilhada – Parte 1
A Maçonaria, ao longo dos séculos, esteve profundamente ligada ao estudo das ciências ocultas, incluindo a simbologia e a interpretação do Tarot. Diversos maçons contribuíram para a disseminação e o aprofundamento do conhecimento sobre esse sistema de cartas, que muitos consideram um repositório de sabedoria esotérica. Entre os nomes mais notáveis estão Antoine Court de Gébelin, Jean-Baptiste Alliette (Etteilla) e Gérard Anaclet Vincent Encausse (Papus), cujas obras e pesquisas moldaram a forma como o Tarot é compreendido até hoje.
(continua)
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O aprendizado dos Arcanos, através de contos de Santarem Tarô
A mensagem do Cinco de Ouros
Em um modesto
apartamento, o cheiro do café requentado vinha da cozinha enquanto a luz da
tarde filtrava-se pelas janelas sujas. O homem de cabelos grisalhos e barba,
que já atravessava setenta invernos, sentou-se no sofá côncavo; lâminas de tarô
espalhadas ao seu redor. Ele tinha o olhar profundo de quem viu o tempo passar
em sabedoria e tristeza.
À sua frente,
uma mulher adulta, o rosto marcado pelo estresse, aguardava com ansiedade. Mãe
de dois filhos pequenos, a demissão do seu emprego como caixa de supermercado a
deixou sem esperanças; a fragilidade de sua situação a sufocava. Ela o
considerava uma figura paterna, um porto seguro em meio à tempestade.
Quando o
tarólogo virou a primeira carta, revelou o arcano de Cinco de Moedas. “Esta
carta fala de generosidade e equilíbrio”, explicou ele, em voz suave como um
sussurro. “É um convite para receber ajuda, para entender que, mesmo em tempos
difíceis, a vida nos oferece caminhos inesperados.”
Ela ouvia, mas
sua mente se preocupava com contas a pagar e jantares a preparar. A cada
palavra dele, uma centelha de esperança acendia-se em seu coração aflito. Para
cada conselho, havia uma sombra de dúvida. Perguntou ela: “Eu posso confiar na
confiança dos outros? Eu poderei reerguer-me”?
O tarólogo,
percebendo suas inseguranças, falou com delicadeza. “Às vezes, precisamos fazer
o que é necessário, arriscar-se a pedir ajuda. Apenas se permita.” O olhar dele
cravou-se no dela, como uma promessa silenciosa. “A vida é um ciclo, e toda
perda prepara o solo para novas possibilidades.”
Dentro da sala,
a atmosfera densa começava a se dissipar, uma luz tênue de esperança se
desenhando. A mulher sentiu que talvez, só talvez, pudesse encontrar um novo
caminho, com a ajuda de terceiros. Com a carta e a orientação do tarólogo, seus
medos se tornavam menos sólidos, e o futuro, um espaço de potencial.
A esperança
tomou conta do ambiente impregnando positivamente os sentimentos daquela mulher
que, agora, se sentia com mais forças para encarar seus problemas.
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O aprendizado dos Arcanos, através de contos de Santarem Tarô
A resiliência do Nove de Paus
No vestiário do
estádio, o cheiro do suor e das conquistas passadas pairava no ar. A tensão era
palpável, os gritos da torcida ecoando como um mantra que reverberava na alma
do jovem jogador. Era a partida que poderia mudar tudo para ele e para o seu
clube, recém-saído da zona de rebaixamento, agora à beira de uma final de
campeonato. Com as mãos trêmulas, ele amarrava suas chuteiras; o coração batia
acelerado.
Mas não era
apenas o peso da partida que o afligia. A ansiedade pulsava dentro dele como o
tambor de uma torcida fervorosa. Ele pediu um sinal, ele pediu alguma forma de
entusiasmo que amainasse a tempestade em sua mente.
Então, seu
irmão mais velho, um tarólogo que sempre esteve ao seu lado em momentos
difíceis, entrou no vestiário. Com o olhar sereno e as cartas nas mãos, ele era
como um farol na neblina.
“Vamos, é hora
de olhar para o que o destino lhe reserva”, disse o irmão, enquanto o jovem se
sentou, absorvendo a atmosfera relacionada. A luz fraca do vestiário se
refletia nas cartas como um oráculo ancestral.
O irmão deitou
uma carta e a virou com cuidado: o Nove de Paus. O jovem mordeu os lábios,
sentindo a incerteza crescer. “Essa carta fala de resiliência”, começou o
irmão, sua voz calma como uma brisa. "Você passou por muitas dificuldades
e, agora, está praticamente na linha de chegada. Essa vitória não vem sem
esforço. Prepare-se para as últimas batalhas, mas saiba que você possui a força
para superá-las."
As palavras
ressoaram dentro do jogador, e uma chama de determinação acendeu-se em seu
peito. Ele pode sentir a energia da torcida, vislumbrando sua imagem refletida
nas esperanças de cada um. A leitura do tarô não era apenas uma premonição, mas
uma confirmação de que ele era mais forte do que imaginava.
No momento em
que o alarme soou e as portas se abriram para o campo, ele sabia que a pressão
o moldaria, assim como a dor e o triunfante desejo de vencer.
O eco dos
gritos se misturou à batida do seu coração, e antes de pisar na grama verde,
ele lançou um último olhar para o irmão, que assentiu com um sorriso. Nada
poderia parar aquele jovem a partir daquele momento, ele estava pronto para
escrever sua própria história.
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Foi assim que, desde muito cedo, aprendi a lidar com a
relação entre as cartas do Tarô e com as (muitas) pessoas que me procuram pedindo para “trazer
seu amor de volta”.
Utilizo uma linguagem cuidadosa, direta, clara e adequada no
sentido de mostrar, previamente, o que eu posso e o que eu não posso fazer com
as lâminas do Tarô... E eu não posso, com as minhas cartas, trazer de volta o
amor de ninguém.
As cartas podem revelar se esse “amor que se foi” vai
voltar; se o “amor que se foi” voltará e ficará em nova e intensa relação com você, isso sim. Laçá-lo? Eu não
saberia como fazer, utilizando o Tarô...
Entendo que esta minha limitação esteja na maneira como
estudei o Tarô e como encaro as possibilidades que se abrem quando as cartas
vão se descortinando na plataforma de leitura. Em outras palavras, talvez as
revelações indiquem que se o “seu amor” foi embora, uma verdadeira metamorfose
esteja para acontecer em sua vida e não “aquele amor que se foi”, mas “o
verdadeiro amor” esteja para chegar; e para chegar, uma limpeza de “amores antigos
e não dignos” tenha de acontecer! Varrer as coisas ruins do passado para
receber o que se manifesta para o futuro breve!
Amores, não os mantemos em cadeados presos a
ferro em pontes antigas. Quando as correntes enferrujam e eles escolhem escapar, estavam apenas esperando a melhor oportunidade para escrever seus próprios e novos destinos.
Não é fácil para aquelas pessoas que estão sofrendo com o
abandono e com as perdas amorosas, enxergar de maneira clara esta forma de
enfrentamento. Vejo que o que desejam intensamente, a qualquer custo, é ter volta o seu "amor que
se foi”. É sofrimento grande que precisa de um tempo próprio de dor até o
início da cicatrização. Daí, por isso mesmo, mostro a minha verdade; mostro que
meu Tarô não resgata, de maneira mágica, ninguém do seu passado.
Verdade; é o que precisa quem está sofrendo deste mal de
amor e meu Tarô não cria “castelos no ar” com falsas esperanças, brincando com
pessoas que estão fragilizadas. É em momentos assim que as cartas do Tarô podem contribuir
com uma visão sobre presente e futuro a qual muitos cenários são abertos, oferecendo
um conjunto de variáveis que podem ser trabalhadas de maneira positiva na vida.
Ajudando a curar a dor, ajudando a enxergar novas chances e ajudando a abrir os
corações para as novas experiências.
Por outro lado, as cartas podem ajudar você a não perder o
seu amor atual; a ter cuidados com ele, antes que ele se vá; e isso exige muito
de nós como amantes. Um descuido nosso, uma palavra infeliz, uma desatenção,
uma atitude errada ou mal interpretada podem causar desgaste na relação,
provocar um esfriamento e aí... É o “amor que se foi”.
Antes que ele se vá, as cartas do Tarô podem indicar suas forças na
relação a dois, bem como as suas fraquezas e como lidar com elas. As cartas
podem indicar o que se vislumbra de oportunidades para intensificar a relação.
As cartas também poderão mostrar as ameaças que cercam você e a pessoa amada. Este é poder do Tarô.
Simples assim: Não trago o seu amor de volta, talvez possa ajudar você a
não o perder.
Às vezes é assim, como no título desse artigo, que algumas pessoas
se sentem, diante de um conjunto de lâminas de Tarô e de um diagnóstico feito
bem diferente de suas expectativas. Algumas pensam assim e outras não só pensam
como expressam seu desejo para o tarólogo, esperando um novo embaralhar de
cartas e um novo descartar que venha mudar o que foi revelado na leitura anterior.
Podemos entender as decepções diante do revelado, bem como
compreender a ânsia de mudar o que se mostra pelas cartas, quando o cenário não
é o esperado. No entanto, as cartas do Tarô não fazem um jogo de sorte e de
azar; não podem ser descartadas e substituídas, como no pôquer, no sentido de
melhorar a sequência dos eventos da vida. Não podem e nem devem, uma vez que
muitas situações de vida, encaradas a princípio como desgostosas, são
necessárias para um renascer repleto de ocorrências maravilhosas!
Diante de diagnósticos assim, com a orientação correta do Tarólogo,
abre-se um conjunto de análises de forças e um devido planejamento estratégico
no sentido de melhor entender a situação e mitigar seus efeitos danosos. Até mesmo transformá-los a nosso favor!
“E tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém”, assim está escrito no Evangelho de Mateus.
A partir desse registro, entendendo-o como historicamente
verdadeiro e sem qualquer exploração de cunho religioso, eu trabalho uma visão no
sentido de estabelecer uma correlação entre a vinda de Cristo e a influência de
Magos no evento do Seu nascimento.
Certo é que, pela Bíblia, os homens que visitaram o Menino
Jesus eram magos. Certo também é que magos eram especialistas em estudar estrelas
e a sabedoria que possuíam abraçava muitos conhecimentos considerados como “ciência
oculta”. A astrologia era uma dessas ciências e até hoje é tratada de maneira
preconceituosa por muitos; mas os Magos, não eram astrônomos, eram astrólogos e
seguiram a Estrela por serem, exatamente, astrólogos.
Certo é que, pela Bíblia, os magos não somente fizeram sua viagem
para saudar e presentear Jesus como, em nome da segurança de Jesus, não
obedeceram ao rei Herodes. Em outras palavras, os magos sabiam quem estava por vir,
muito antes do Seu nascimento. Esperavam tão somente a indicação do lugar. Os
magos sabiam que deveriam proteger a criança a qualquer custo. Chamamos isso de
previsão. Os Magos eram homens de carne e osso, videntes e que faziam previsões!
Atualmente é consenso que a aparição da Estrela é vista como
um sinal claro do nascimento de Jesus. Entendendo como sinal, quem o teria
enviado? Existiu uma relação maior entre os Magos e uma poderosa força
universal que os fizessem acreditar naquela aparição como o caminho a ser seguido
até Ele? Caso positivo, podemos deduzir que os Magos tinham uma relação direta com
Deus, sem intermediários e sem tradutores?
Ele, Jesus menino, estaria esperando por tais visitas? Isso
não está na Bíblia, mas considerando a intervenção que fizeram junto ao rei
Herodes, podemos crer que foram talvez, uma escolhida “ferramenta do Bem”.
Existem dúvidas quanto ao número de Magos que fizeram a
viagem e quem, exatamente, foram eles, visto que, pela Bíblia, não há qualquer
referência a tais informações. Melchior, Baltasar e Gaspar, em número de três
reis magos, são apenas informações que trazemos como tradição histórica, fora do
Livro Sagrado.
Quando tivermos evidências documentais de quantos foram e
quem eram, teremos uma história de comprovação científica consagrada, mas isso
não é importante, pelo menos para se entender a essência da viagem dos magos, seus poderes e
a importância deles.
Existe um conflito quando tratamos de definições dos
vocábulos “cartomante” e “tarólogo”. Há uma corrente que entende cada termo
como uma atividade diferente e isto fica evidente pelos significados expressos
em dicionários. Dessa maneira, veremos que cartomante é “pessoa que prediz o
futuro por meio de cartas” e tarólogo como “estudioso do Tarô”.
Há outra corrente, no entanto, que mistura as definições no
mesmo saco, tratando-as de forma igual e criando uma verdadeira confusão sobre
quais funções exerce cada um, cartomante e tarólogo, diante de seus baralhos.
A base do conflito, em minha opinião, reside no poder
adivinhatório que carregam as cartas do cartomante e as previsões acertadas que
são feitas pelas interpretações dos tarólogos pintando um quadro não verdadeiro
no qual a adivinhação é um ingrediente comum e extremamente poderoso nas leituras
das cartas comuns e dos arcanos.
Na verdade, as práticas são diferentes. O cartomante tem o
poder da visão e suas cartas abrem-se com o objetivo claro em busca da
adivinhação. O tarólogo trabalha com uma enormidade de variações que surgem com
o descortinar dos arcanos os quais não se limitam a fazer adivinhações,
trabalhando as leituras como cenários de possibilidades viáveis que devem ser
apresentadas, tratadas e cuidadas à luz de cada significado expresso pelas
cartas. Aí, apenas como exemplo, se leva em conta a forma como as cartas são
descartadas; como se encaixam as cartas na plataforma de leitura e como elas se
apresentam influenciando as interpretações, em função da proximidade de outros
arcanos já apresentados na leitura.
Previsões acertadas feitas pelos tarólogos, são erradamente
consideradas como adivinhação, quando não o são; visto que existe algo mais que
oferece ao tarólogo um descartar especial das lâminas, formando um painel muito
claro sobre o que pode acontecer no futuro. Esse “algo mais”, no entanto, é
assunto para outro artigo.
Então, cartomantes, exclusivamente por suas atividades, não
são tarólogos, uma vez que operam com cartas outras que não as dos Tarô. E
quanto aos tarólogos? São cartomantes? Apesar de não ser a regra, podemos dizer
que sim, visto que o dom da vidência também se mostra na vida de alguns
estudiosos do Tarô e isto, sem dúvida, sempre terá influência em suas leituras.
O livre-arbítrio existe e nos permite escolher nossa direção. Ele nos permite determinar quais atitudes deveremos tomar. Antes, entendendo como verdade a força do livre-arbítrio, devemos nos cercar de todos os dados e informações relevantes no sentido de maximizar os resultados positivos advindos de nossa decisão, ao mesmo tempo em que prevenir possíveis riscos de fracasso, com planos de ação adequados.
É debruçado sobre esta ótica que o Tarólogo deve trabalhar, fazer suas leituras e orientar seus clientes. “As cartas indicam, mas não sentenciam” (1).
Em outras palavras, quando indicamos para o cliente a possibilidade de um risco de tropeço profissional ou de uma enfermidade que possa acontecer no futuro, transmitimos um cenário de alerta o qual deverá ser tratado pelo próprio cliente. Da mesma forma, situações que indicam possíveis ganhos ou oportunidades de negócio, não acontecerão se medidas adotadas pelo cliente não forem tomadas no sentido de preparar o universo para ocorrer o que foi indicado.
(1)
Código de ÉTICA, na forma de decálogo, elaborado e aprovado em 2013, durante o 2º Congresso de Tarot – “Ética y Buen Uso Práctico del tarot”, realizado em Barcelona
Diante das lâminas do Tarô, a pessoa é conduzida com o auxílio de um bom Guia (1) a vislumbrar as várias possibilidades que, para ela, se mostram a respeito de vários aspectos da sua vida ou a um determinado que a seu pedido foi trabalhado. Pode ser um caso ligado às questões amorosas ou um caso associado às questões de ordem judicial, por exemplo.
A pessoa recebe as muitas hipóteses, ao mesmo tempo em que toma conhecimento do que pode ser encontrado pelo caminho.
É ela, e não o Guia, a responsável por suas escolhas. Ela não só deve saber desta condição, como tem de ser estimulada pelo tarólogo a interagir no jogo com este raciocínio prévio.
Em outras palavras “é a pessoa que deve decidir aonde quer ir, como e quando” (2).
(1)
O termo “guia”, do meu ponto de vista, se aplica muito bem aquela pessoa que pratica a atividade de leitura do tarô.
(2)
Código de ÉTICA, na forma de decálogo, elaborado e aprovado em 2013, durante o 2º Congresso de Tarot – “Ética y Buen Uso Práctico del tarot”, realizado em Barcelona.
Ele é presidente de um dos países mais poderosos do mundo.
Através da análise do seu nome, pela numerologia, seu perfil se vislumbra, para os mais íntimos, como pessoa que gosta de estar sozinha. Reflete uma personalidade de pessoa inteligente e peculiar, passando a ideia, por vezes de ser “cheio de manias” e uma pessoa fria. Sua essência é de pessoa que rompe as regras, questiona, se rebela.
No campo político, enfrentará um oponente do sexo feminino; uma mulher morena.A vitória é certa.
No campo dos relacionamentos interpessoais, o descontrole emocional pode trazer embaraços e desgostos no campo amoroso.
Sua riqueza continuará estável e sólida com tendência a aumentar mais ainda.
Sua saúde será afetada em 2020, de maneira significativa e a fatalidade aparece como um dos sinais fatídicos do seu destino.
Quando se coloca em questão vários aspectos da vida de uma pessoa e, pelas cartas, somos levados a mergulhar de maneira profunda no âmago de cada ponto de análise, o que menos importa é se previsões sairão das leituras. Quais as revelações, isto sim, é o que se espera.
A regra de ouro não é “acertar ou errar as previsões”. Não podemos jogar com as pessoas e encarar o Tarô como um jogo de azar.
A regra de ouro está em identificar os cenários de oportunidades e de riscos, ao mesmo tempo em que delinear, com o auxílio das próprias cartas, as estratégias e táticas no sentido de evitar os infortúnios, os males que nos são dirigidos e, ao mesmo tempo, atingir nossas metas, alcançar sucesso e fortunas.
A correta leitura do Tarô não pode se limitar a fazer previsões. Isto é pouco.
A leitura correta tem de criar um ambiente de leitura no qual uma ou mais cartas estimulem o raciocínio e atitudes reais que transportem a pessoa, com o auxílio do Tarólogo, para melhores dimensões, em todos os planos, buscando patamares melhores de vida ou nos protegendo previamente de possíveis estados desagradáveis.
Infelizmente, como em qualquer outro segmento, não faltam pessoas de má-fé, mais interessadas em iludir os incautos e colher moedinhas...
O trabalho "Tarô - Acertar ou errar as previsões" de Carlos Santarem
Apenas uma só lâmina de Tarô, apesar de transbordar um grande número de dados relevantes e indicadores, não pode receber o título de “Carta Boa”. Os dados que se mostram nas cartas são apenas... Dados. E dados, se não trabalhados em conjunto com outros dados gerados por outras fontes (outras cartas), interpretados de forma exata, dificilmente poderão gerar o que há de melhor: informação confiável.
Em leituras do Tarô, uma carta aberta pode exigir que sua interpretação fidedigna exija uma leitura de duas ou três cartas tiradas a posteriori. Assim, o Arcano da Morte, o Arcano do Louco e o Arcano da Roda da Fortuna (apenas para citar três cartas) podem abrir um enorme leque de possibilidades, antes da interpretação final.
No Tarô, “Boa” não é a carta que se descortina, mas a correta interpretação que dela advém e a indicação dos melhores caminhos a serem seguidos.
Muitas verdades encobertas por névoas de nossos sentimentos, muitas vezes são reveladas em leituras de Tarô e se mostram de uma maneira quase ofuscante, quando passamos a navegar por outras dimensões de entendimento no qual somos mergulhados, depois de estimulados por uma carta específica, ou por uma palavra ditada pelo Tarólogo que age como Guia. Verdades que se mostram como hipóteses de futuro nos levando a tomar atitudes de defesa em cenários indesejados e perigosos; verdades que nos levam a dedicar mais esforço, mais vontade, em determinados planos de ação, no sentido de realização de nossos sonhos.
Quantas consultas de Tarô ajudaram a mudar a vida das pessoas, deram-lhes mais esperanças e dotaram-nas de armaduras para suportar as intempéries pelas quais temos de passar?
Quantas foram as verdades descobertas à luz de uma leitura séria das lâminas de Tarô que permitiram enxergar o antes “invisível”?
O trabalho "Tarô e as verdades encobertas" de Carlos Santarem
A numerologia é uma ciência intimamente ligada ao Tarô e,
por conseguinte, às análises, aos diagnósticos e às interpretações. Os números
de cada carta e aqueles que nelas se apresentam como indicadores são
indispensáveis para uma leitura séria. Há outros pontos a considerar quando
associamos todo o trabalho aos diferentes ciclos de vida da pessoa em 3, 7 e 9
anos, bem como a ocorrência de grandes eventos associados aos períodos de vida
pela sequência de Fibonacci.
Em outras palavras, o Tarô, além de impregnado
pelos conceitos de física quântica, é a mais pura matemática. A matemática que
está em todo o nosso corpo e na natureza
ditando as possibilidades de grandes mudanças, ao mesmo tempo em que nos
indicando os momentos estimados de suas ocorrências.
O trabalho "Matemática, Sequência de Fibonacci, Tarô e as nossas Vidas" de Carlos Santarem
Uma análise correta da conjunção estabelecida pelas cartas do Tarô em uma leitura, sempre é antecedida por uma egrégora de energia quântica entre as partes envolvidas na leitura. O Leitor e o Cliente estão em uma sintonia a qual podem não perceber esta ligação, mas ela, de fato, existe. Certo é que é uma ligação verdadeiramente energética que flui durante todo o tempo da leitura. A mais pura energia quântica existe, em maior ou menor grau, nas leituras do Tarô, dependendo da vontade do cliente e da experiência do Tarólogo. Isto nada tem a ver com laços espirituais, misticismo, religião, igrejas ou ocultismo. Isto é pura ciência. É física.
Muitos dos grandes estudiosos da Tarologia pertenceram à Maçonaria.
Antoine Court de Gébelin, colocou o entendimento do Tarot como um “repositório atemporal de sabedoria esotérica” em seu livro "Le Monde Primitif: Analyse et compare avec le monde moderne", 1781. Para Gebelin o Tarô tinha como referência um livro sagrado escrito pelos sacerdotes egípcios.
Jean-Baptiste Alliette tonou-se conhecido por popularizar o Tarô para uma grande audiência em Paris, no ano de 1785.
Gérard Anaclet Vincent Encausse foi um deles. Mais conhecido pelo pseudônimo de Papus, foi um médico, escritor, ocultista, rosacrucianista, cabalista e maçom, autor de livros, entre eles “Le Tarot Divinataire”, 1909. Estes são alguns dos maçons que se dedicaram a pesquisar e produzir trabalhos a respeito do Tarô. Não há tarólogo com o mínimo de estudo que não conheça a biografia de Papus, Gébellin e Etteilla (como assim era conhecido Jean-Baptiste Alliette).