Não são poucos os casos, entre os tarólogos, que pessoas pedem leituras gratuitas. Existem situações que, ao receberem uma resposta negativa, tais pessoas sentem--se no direito de reagirem até mesmo com ofensas. Pessoas assim que, apesar de valorizarem o serviço em si, não enxergam a justiça da retribuição por algo devido, tendem a agir da mesma maneira em outros campos de sua vida pessoal e profissional. Tais pessoas podem estar se comportando igual com seus amigos, familiares, seus subordinados e seus amores. A elas a minha compaixão, nunca o meu tempo como Tarólogo.
As leituras de Tarô são um serviço oferecido por diferentes profissionais. Daí, seus preços podem mudar dependendo da experiência do Tarólogo e da profundidade do diagnóstico.
A leitura do Tarô é um negócio entre partes que pode ser tratado a um preço pré-estipulado, pode ser barganhado, parcelado e ter até mesmo um desconto para casos especiais. As leituras de Tarô podem também ser realizadas com seu preço estipulado em contrapartidas que não envolvam apenas moedas, desde que sejam aceitáveis eticamente. Nos casos em que a pessoa está em dificuldade financeira, há quem aceite, por exemplo, um pacote de velas e incensos; em outros casos, entradas para shows podem fazer parte de um pacote. Em outras palavras, o escambo é livre, desde que ético. Nunca, no entanto, a leitura deve ser gratuita!
Infelizmente, muitos aprendizes no afã de ganhar experiência aceitam realizar suas leituras gratuitamente. Essa prática não é boa para os Iniciados, visto que sempre haverá um custo e um preço a ser pago, mesmo que não seja pelo cliente. Aos aprendizes, antes de qualquer coisa, desenvolvam-se. Depois, estudem o mercado e cobrem um preço justo e compatível com a sua experiência. Vocês perceberão logo os benefícios desta prática!
Alguns mais experientes, por uma questão de divulgação de seus trabalhos, também promovem "leituras grátis". Vejo nessa prática um erro de marketing, exceto nos casos de "degustação", quando apenas alguns sinais de leitura são apresentados. Boas degustações podem fazer clientes pagantes e fiéis.
Leituras gratuitas podem ser feitas de forma livre como
exercícios, desde que sem o envolvimento de consulentes. Cartas ou conjunto
delas podem ser expostas para apreciação, análise e interpretações gratuitas
por diferentes profissionais com o intuito de debate, esclarecimento, formação
e de desenvolvimento profissional.
No Tarô, como em qualquer outra profissão, devemos, podemos e temos de cobrar! Existe investimento de horas (anos) de estudo, livros, decks e a necessidade de outros recursos que têm custos, além do tempo da consulta propriamente dito. Como profissionais temos de ser conhecedores da matéria, estar preparados e nos manter atualizados com universo do Tarô.
Para quem não é do ramo, vale saber que fazemos parte de uma
profissão legalmente reconhecida no país. “O Tarólogo como atividade
profissional está devidamente tratado no Código Brasileiro de Ocupações (CBO)
titulado pelo código 5168-05 – Esotérico. Na descrição sumária consta:
“Orientam pessoas e organizações, elegem momentos e locais por meio de oráculosou de dons de paranormalidade. Podem ministrar cursos”.”
Como Guias, através das lâminas de Tarô, conduzimos nossos
consulentes por uma ponte "entre o inconsciente e a consciência" (1)
facilitando-o enxergar luz onde antes ela não existia.
Como profissionais, temos nosso valor e nosso preço; e isso nem precisa ver nas cartas.
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(1) Sallie Nichols, Jung e o Taro - Uma jornada
arquetípica
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"Tarô. Os Guias têm valor e a sua leitura... preço!" de Carlos Santarem - 234.434 está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.